No clima das festas de fim de ano, a Banda Sinfônica de Música da Guarda Municipal do Rio de Janeiro (GM-Rio), em parceria com o MetrôRio, realizou um concerto de Natal, na manhã desta terça-feira (21/12), na estação Carioca, no Centro da cidade. Quem passou pelo local pode apreciar um repertório que incluiu músicas como: “Então é Natal”, de Simone; “Jingle Bell Rock”, de Bobby Helms; “Heal the World”, de Michael Jackson; “What a Wonderful World”, de Louis Armstrong; “Adeste Fideles”, de Nat King Cole; entre outras.

Além do presente musical, o evento contou com a presença do Papai Noel do metrô, que fez a distribuição de presentes para um grupo de crianças do Instituto Faixa Preta de Jesus, convidadas para acompanhar a apresentação, em parceria com a ONG RioSolidario.

Patrimônio Cultural Imaterial carioca desde abril deste ano, a banda da Guarda Municipal foi criada em dezembro de 1993 com músicos da antiga Banda Civil da Cidade do Rio de Janeiro. Regido há quatro anos pelo maestro e guarda municipal Ricardo Severino, o grupo conta hoje com cerca de 40 integrantes.

A Prefeitura elabora a revisão do Plano Municipal de Saneamento Básico do Rio de Janeiro sobre Água e Esgoto e divulgará as primeiras etapas do trabalho por meio de um seminário online nesta sexta-feira (10/12), das 10h às 12h. O webinar será transmitido pelo canal da Fundação Rio-Águas, no YouTube.

O seminário apresentará os estudos e análises sobre os sistemas de água e esgoto das três bacias hidrográficas do município (Bacia da Baía de Guanabara, da Baía de Sepetiba e Oceânica).

Participarão da mesa de apresentações representantes da Fundação Rio-Águas, responsável pela revisão do plano na Prefeitura do Rio; da Secretaria Municipal de Meio Ambiente da Cidade (SMAC); da Associação Pró-Gestão das Águas da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul (AGEVAP); do Comitê da Região Hidrográfica da Baía de Guanabara e dos Sistemas Lagunares de Maricá e Jacarepaguá (CBH-BG), e do grupo de acompanhamento do Plano Municipal de Saneamento do Rio.

Link da transmissão: https://youtu.be/PM11kwyskHU.

Por: Júlia Barbon

Os três meninos que desapareceram em Belford Roxo, região metropolitana do Rio de Janeiro, há quase um ano foram mortos por causa de uma sessão de tortura em que houve excesso por parte de traficantes, de acordo com a Polícia Civil fluminense.

Segundo o delegado Uriel Alcântara, que chefiou as investigações, eles foram condenados em uma espécie de tribunal do crime após terem roubado uma gaiola de passarinhos do tio de um traficante. Um dos garotos acabou morrendo durante as agressões e, para "resolver o problema", decidiu-se matar os outros dois.

Os investigadores esclareceram nesta quinta (9), em entrevista coletiva, a dinâmica dos eventos. Os primos Lucas Matheus da Silva, 9, Alexandre da Silva, 11, e o amigo deles, Fernando Henrique Soares, 12, saíram de casa para brincar em 27 de dezembro, na comunidade do Castelar.

Em algum momento daquela manhã, que o delegado não sabe precisar, eles foram vistos com a gaiola nas mãos. Por volta das 13h, eles foram vistos novamente na feira de Areia Branca, a cerca de 3 km de onde moravam, sem a gaiola. Em algum momento no retorno para casa, foram capturados, torturados e mortos, no mesmo dia.

Depois disso, traficantes foram até um bar montados em duas motos e pediram que um conhecido levasse os corpos de carro. Eles subiram a comunidade, colocaram sacos pretos no porta-malas e então foram até um rio da região, onde provavelmente os meninos foram jogados.

A Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense passou a investigar o caso em janeiro, mas diz ter encontrado muitas dificuldades pela dinâmica do evento e por ser uma área dominada pelo tráfico, em que diligências simples requerem muita estrutura e planejamento.

Alvo de críticas no último ano pela demora em descobrir o paradeiro dos garotos, o delegado Uriel Alcântara afirmou que o caso foi tratado como prioridade desde o início. "Para a Polícia Civil qualquer caso com criança e adolescente é uma prioridade, e prioridade não necessariamente é sinônimo de celeridade. Cada fato investigado tem a sua complexidade, suas variáveis, suas dificuldades", afirmou.

A investigação só teve um avanço mais significativo a partir de maio, quando uma testemunha-chave que presenciou os eventos confirmou a hipótese do furto das aves. No total, foram ouvidas 71 testemunhas com mais ou menos importância nos eventos. Foram também realizadas buscas em dois pontos do rio, mas os delegados decidiram paralisá-las porque avaliaram que os corpos não seriam achados após tantos meses.

Paralelamente, estava em andamento desde janeiro um inquérito para apurar o tráfico de drogas na comunidade, que é comandada pela facção criminosa Comando Vermelho. Essas duas investigações foram complementares para se chegar à grande operação realizada nesta quinta na região.

Cerca de 250 agentes participaram da ação para cumprir 56 mandados de prisão temporária, cinco deles pelo triplo homicídio com ocultação de cadáver e os outros por associação para o tráfico. Ao todo, 16 pessoas foram presas nesta quinta. Outros 15 alvos já se encontravam no sistema prisional.

Entre os cinco suspeitos de envolvimento direto na morte dos garotos, alvos dos mandados, estão três pessoas mortas nos últimos meses: o chefe do tráfico José Carlos Prazeres da Silva (Piranha), o gerente Willer Castro da Silva (Estala) e a gerente de logística Ana Paula da Rosa Costa (Tia Paula).

Um quarto mandado mira Edgar Alves de Andrade (Doca), uma das lideranças do Comando Vermelho, que está foragido. O quinto suspeito foi preso na operação, mas não teve seu nome divulgado por risco à sua vida.

A testemunha-chave citada pelo delegado contou, em depoimento gravado pela polícia, ter visto Estala dizendo a outro traficante que "mataram os meninos porque roubaram uma gaiola de seu tio". Nessa conversa, Estala também indicou que Piranha e Doca haviam autorizado os assassinatos.

Por último, há um sexto investigado: o motorista que levou os corpos ao rio e colabora com a polícia. Segundo o delegado Uriel Ancântara, a ocultação de cadáver não fundamenta o pedido de prisão temporária, por isso ele continua em liberdade. Tia Paula foi responsável por chamar esse motorista, segundo a polícia.

O Procon Carioca, órgão vinculado à Secretaria Municipal de Cidadania, após abrir procedimento administrativo, aplicou multa de R$ 1.508.240,00 (um milhão, quinhentos e oito mil e duzentos e quarenta reais) ao aplicativo de entrega de comida iFood por conta dos episódios ocorridos no dia 2 de novembro. Nesta data, os nomes de alguns estabelecimentos cadastrados na plataforma foram alterados, passando a constar mensagens políticas.

Após a imprensa divulgar o ocorrido, o iFood se manifestou informando que as alterações foram feitas por uma empresa prestadora de serviço, mas que não houve vazamento de dados, muito menos de meios de pagamentos (dados de cartões de créditos e débitos) dos clientes consumidores.

Diante da grande repercussão do ocorrido, os agentes do Instituto Municipal de Proteção e Defesa do Consumidor – Procon Carioca, procederam à fiscalização junto à plataforma e constataram que o iFood informa claramente no campo Declaração de Privacidade, que compartilha dados com empresas terceirizadas, incluindo dados de pagamentos dos consumidores.

Assim, tendo em vista que a plataforma iFood armazena e compartilha informações sensíveis de boa parte dos brasileiros como CPF, endereços cadastrados, e-mails e dados utilizados para pagamentos on-line, como numerações de cartões de crédito e débito, foram requeridos  esclarecimentos, como  quais estabelecimentos foram afetados por esse acesso indevido, por quanto tempo os nomes dos estabelecimentos ficaram alterados, qual foi o prazo para correção do sistema, quantas compras foram realizadas durante o acesso indevido e qual a identificação da empresa prestadora de serviços que deu causa ao acontecimento e quais são suas atribuições na gestão da plataforma.

A ausência de documentos levou o Procon Carioca a multar a Empresa.

– O Procon Carioca está sempre atento às plataformas/aplicativos e violações ao direito do consumidor – ressaltou o diretor executivo Igor Costa.